Prenderam Os Indígenas E Os Negros, Jogaram Os Pobres Nos Guetos;

Prenderam Os Indígenas E Os Negros, Jogaram Os Pobres Nos Guetos;

Prenderam os indígenas e os negros, jogaram os pobres nos guetos;

Os inocentes na cela trocaram a paz pela guerra;

Desembarcaram as caravelas do terror e do medo, trouxeram suas bagagens, seu ódio e seu preconceito;

Negros, no navio negreiro se espremiam, mama África, Luanda, Angola, aonde estão seus filhos?

No oceano bravil, sem lenço, sem documento, escravos da maldade, reféns do sofrimento, lamento;

No canto do guerreiro, de forma hostil, preso no peito no cativeiro;

Lágrimas de sangue, sentimento de revolta, homens, crianças, mulheres mortos pelas costas; julgados à revelia, só a morte por sentença, caçados como bichos entre as matas das aldeias.

Sem defesa, subjulgados pela natureza, ferimento à flor da pele põe à prova a resistência;

No corte do chicote, tirania, covardia, o amargo das lembranças, saudades da família. Repúdio à existência, presos no próprio pensamento, a alma sufocada dilacera o entendimento; castiga, maltrata, bate, judia, se não fosse a traição, os negros aqui, não estariam. Diziam os guerreiros no momento de amargura: - Sunsê pode me prender, mas a minha alma, nunca! Na fria madrugada eu vi negro chorar, e os corpos de nossos irmãos a correnteza levar, no vai-e-vem das ondas agitadas pelo vento, naufragaram os sonhos e os mais nobres sentimentos, lamentos, inexpremíveis gemidos, e nossos ancestrais sobrevivendo à beira do martírio. O imperativo desabou, num lual desconhecido, a voz da África ecoava dentro de um navio!

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2 years ago

Às vezes eu fico pensando... será que realmente existem coisas pelo qual, devemos lutar?

Ou a luta em si te atrai para continuar tentando, mesmo sendo inútil?

Será que existe mesmo uma vida sem lutas? Ou a gente investaria uma, só pela subexistência...


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6 years ago

“Desculpa se não sou quem você espera. Eu tenho falhas e fico me criticando o tempo todo, me punindo, não me permitindo saborear pequenas doses de felicidade. Isso me bagunça, me agita e aterroriza. Sei que todo mundo tem seus demônios, mas ultimamente os meus andam me espetando a cada segundo. E isso tem me doído. Não entendo porque não consigo mais ser como as outras pessoas e desfrutar os pequenos momentos felizes. Não entendo porque agora tudo parece conturbado, distante, abstrato.”

— Clarissa Corrêa. 

6 years ago

“Eu sentia somente uma ausência. Uma dor vaga, sem uma fonte definida. Era como um paciente que não consegue explicar ao médico onde dói. Mas dói.”

— O Silêncio das Montanhas.

1 year ago

Tempo.

Esse que passa correndo, cobrando, exigindo. Pede pressa, atitude e um olhar de mais carinho.

Tempo esse que não sabe esperar, quer o amanhã, o hoje e o agora.

Tempo, será mesmo tu o responsável?

G.

6 years ago

Aniquilo toda possibilidade de te ver no bar da esquina depois da seis. Você nunca teve haver com qualquer tipo de previsibilidade do cotidiano. O fato de estar ligado à ti já me submete à uma maratona de sensações explicitas. Quero te ver hoje á noite, não dá pra esperar mais um dia. Esse amor está explodindo no meu peito, ele jorra dos meus poros e o mundo fica azul-platina, tem um brilho que só os teus olhos são capazes de ver.

6 years ago

“Poderíamos casar. Não chegaríamos sequer perto do exemplo de família perfeita. Teríamos um apartamento, quem sabe uma casa com jardim e um cão com pêlo brilhante. Improvável. Tomaríamos café as cinco da tarde. Você reclamaria o fato de eu ligar o chuveiro horas antes de ir para o banho. Eu, por você ter arranhado meu cd de jogo favorito. eu não admitiria o quanto você fica bonito quando bravo e você não diria que lembra da cor do sapato que eu usei quando nos vimos pela primeira vez. Discordaríamos quanto a cor das cortinas. Não arrumaríamos a cama diariamente, beberíamos juntos em algum club no final de semana. A geladeira seria repleta de congelados e coca-cola, o armário, de porcarias. Adiaríamos o despertador umas trinta e duas vezes só para ficarmos horas na cama enrolando e falando qualquer besteira. Você me ensinaria alguma coisa sobre futebol, e eu te convenceria a assistir aquele filme no cinema. Sentaríamos na sala de pijama e pantufas, você iria direto para o caderno de esportes no jornal e eu comentaria alguma notícia qualquer. Você saberia o nome do meu perfume, eu saberia onde você largou a última edição da revista de música. Sairíamos pra jantar em algum dia de chuva e não nos importaríamos em chegarmos encharcados. Dormiríamos com o computador ligado. Nos beijaríamos no meio de alguma frase. Você pegaria no sono com a mão no meu cabelo e eu, escutando sua respiração. Eu riria sem motivo e você perguntaria porque, eu não responderia. Saberíamos. Poderíamos casar…”

— Caio Fernando Abreu. 

6 years ago
Claro Enigma. Carlos Drummond De Andrade. Pág. 27

Claro Enigma. Carlos Drummond de Andrade. pág. 27

6 years ago

eu me saboto, me auto destruo, não me acho suficiente em nada e crio pensamentos ruins sobre quem eu sou. isso destroi qualquer alma.

  • otorpordeexistir
    otorpordeexistir liked this · 1 year ago
  • oieusourick
    oieusourick liked this · 1 year ago
  • euamarte
    euamarte liked this · 2 years ago
  • martinwill
    martinwill reblogged this · 2 years ago
martinwill - HELLBLAZER
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