Às vezes eu fico pensando... será que realmente existem coisas pelo qual, devemos lutar?
Ou a luta em si te atrai para continuar tentando, mesmo sendo inútil?
Será que existe mesmo uma vida sem lutas? Ou a gente investaria uma, só pela subexistência...
é assustador e desconcertante estranhar-se ao ponto de recusar a si próprio. é preocupante se olhar no espelho e não aceitar nada daquilo que é refletido ali.
dos traços da face ao peso e aspectos de um corpo único como o meu, por muitos anos não me agradaram e nem me permitiram ser quem sou sem que a vergonha e a repulsa me atingissem violentamente.
me culpei e judiei de mim das maneiras mais cruéis possíveis. me isolei e até me proibi de amar e ser amado por quem quer que fosse. demorou para que eu começasse a me olhar com mais empatia, carinho, e criasse uma afetividade genuína por mim e pelo meu próprio corpo.
por muito tempo mirei e foquei a minha atenção na direção errada. na sociedade há diversos padrões, e eu queria a todo custo me forçar a entrar em pelo menos um deles. contudo foi esse ‘forçar’ que me custou as forças para me erguer a cada tombo de decepção que eu levava.
ouvi coisas absurdas, permiti outras por autossabotagem e continuei nesse ciclo sem fim de sentir pena de mim e me colocar em locais e situações que poderiam ser evitadas. tudo isso por culpa minha e de uma sociedade inclusiva apenas na fachada, porque na realidade é outra coisa totalmente diferente.
eu quis ser aceito, mas não me aceitei primeiro. eu quis me inspirar, mas só seguia gente longe de minha realidade nas redes sociais.
demorou mas mudei o meu pensamento a respeito de quem sou, mudei meus círculos sociais e comecei a acompanhar conteúdos de gente como eu, que pensa como eu e que tem vivências/experiências edificantes para construir e consolidar o meu caráter.
finalmente aprendi com as pedradas, mesmo que hoje eu prefira não ter passado nem por 5% do que passei, no entanto, aconteceu e tudo favoreceu de alguma forma no final das contas.
consegui mirar a minha atenção na direção correta e com o apoio de gente que eu mal conhecia, me inspirei e reestruturei o meu caminho. e é claro, mérito meu.
— encorajador
Da calmaria que era confundida com inércia, ao agente da entropia e do caos. Quanta diferença William, não mudou apenas o nome, pois até o sobrenome agora é outro
Instantes
Dias
Meses
e
Anos
Eu faço versos como quem chora de desalento… de desencanto… fecha o meu livro, se por agora não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente… tristeza esparsa… remorso vão… dói-me nas veias. Amargo e quente, cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca assim dos lábios a vida corre, deixando um acre sabor na boca.
- Eu faço versos como quem morre.
Às vezes, a estrada parece tão íngreme que até as tentativas se vestem de cansaço, como folhas pesadas arrastadas pelo vento da incerteza.
Lute por você, porque ninguém mais vai. Não importa o quanto as pessoas se importem contigo, é sua responsabilidade se fazer feliz, e não delas.
abismoadois
“Você não tem que aceitar o que te machuca só por existir amor.”
— Maria Clara Nogueira.
“Assuma as responsabilidades por tudo que acontece na sua vida, pois nada acontece por acaso. O estado que você se encontra hoje é apenas consequência das suas ações e escolhas,e querendo ou não, você tem que prender a lidar com isso.”
— Desordeou
Sinto falta daquilo que não tive. Das fotos que não tiramos, dos filmes que não assistimos, dos passeios de mãos dadas que nunca tivemos. Não sei ao certo onde errei nisso tudo, mas tudo o que eu fiz foi na intenção de acertar.
Quando ainda éramos nós.
“Acaba ficando difícil acreditar em algo quando o seu coração é partido inúmeras vezes.”
— Roma, 1994.